Atualizações na Publicidade Médica: o que mudou e como médicos podem evitar erros

O novo momento da publicidade médica exige mais estratégia e consciência do que nunca. Entenda as mudanças do CFM, os erros mais comuns — e como proteger sua imagem sem comprometer seu crescimento.

A publicidade médica no Brasil entrou em uma nova fase.

Em 2023, o Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou as normas que regulam a divulgação de serviços médicos, trazendo mais liberdade para a comunicação, mas também mais responsabilidade.

Essas mudanças representam uma oportunidade para médicos e médicas se posicionarem com mais presença no mercado, desde que saibam como atuar de forma ética e estratégica.

Neste artigo, vamos resumir as principais atualizações, mostrar os erros que ainda são cometidos e ensinar como evitá-los para fortalecer sua marca pessoal — sem riscos desnecessários.

 

O que mudou na publicidade médica segundo o CFM?

As principais atualizações trazidas pela nova resolução do CFM (Resolução CFM nº 2.336/2023) incluem:

Autorização para divulgação de resultados:

Agora, médicos podem divulgar imagens de resultados de tratamentos — desde que respeitem regras rígidas, como o consentimento formal do paciente e a não garantia de resultados.

Participação em campanhas publicitárias:

Médicos podem participar de campanhas de marketing de produtos médicos — mas desde que sejam especialistas registrados e que a comunicação seja técnica, sem caráter sensacionalista.

Divulgação de preços:

A nova norma permite divulgar o valor de consultas e procedimentos, desde que não haja caráter apelativo ou concorrência desleal.

Uso de redes sociais:

Está liberado o uso de redes sociais de forma mais ativa, inclusive com conteúdos educativos, depoimentos espontâneos (desde que não sejam pagos ou incentivados) e lives.

Presença em sites de avaliação:

Médicos podem aparecer em sites de avaliação pública, mas não podem incentivar pacientes a deixarem avaliações ou manipularem notas.

Maior clareza sobre títulos:

Ao se apresentar, o médico deve deixar claro seu registro de especialista e não pode induzir o público ao erro sobre áreas que não domina.

 

Os principais erros que médicos ainda cometem

Mesmo com as atualizações, muitos médicos e médicas ainda cometem deslizes que podem gerar problemas éticos e jurídicos sérios.

 

Entre os erros mais comuns estão:

 

Antes e depois fora das normas

Publicar imagens comparativas sem o devido consentimento escrito do paciente, ou sem esclarecer que os resultados variam de pessoa para pessoa.

Promessas de resultados garantidos

Usar expressões como “resultados garantidos”, “cura definitiva” ou “melhor tratamento do mercado” pode ser interpretado como propaganda enganosa.

Depoimentos incentivados ou pagos

Publicar depoimentos de pacientes em troca de benefícios, descontos ou outras vantagens fere diretamente o Código de Ética Médica.

Divulgação apelativa de preços

Fazer campanhas do tipo “promoção de cirurgia” ou “pacote especial” transforma o ato médico em prática comercial, o que é proibido.

Omissão de informações profissionais

Deixar de mencionar CRM, RQE (Registro de Qualificação de Especialista) ou apresentar-se como especialista sem ser devidamente registrado.

 

Como médicos e médicas podem evitar esses erros

✔️ Tenha um Termo de Consentimento de Imagem

Antes de divulgar qualquer imagem de paciente, obtenha o consentimento formal, por escrito, seguindo os modelos recomendados.

✔️ Use a comunicação de forma educativa, não apelativa

Prefira conteúdos que informam e orientam — evite sensacionalismo, frases apelativas ou gatilhos emocionais exagerados.

✔️ Mantenha a transparência e a ética sempre em primeiro lugar

Seja claro sobre sua formação, titulações e áreas de atuação. E nunca prometa o que a medicina, por sua própria natureza, não pode garantir.

✔️ Conte com uma agência especializada em marketing médico

Ter um parceiro que domina as normas do CFM e atua com estratégias éticas reduz riscos e aumenta a segurança da sua comunicação.

 

A nova publicidade médica traz uma era de mais oportunidades, mas também de mais responsabilidade.

Quem entende o que pode, o que não pode — e como comunicar de forma ética e estratégica — está um passo à frente para construir uma marca sólida, confiável e cada vez mais forte.

Quer se comunicar de forma segura, estratégica e sem riscos?

Fale com quem entende de marketing médico ético de verdade.

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